A grande
pedida, neste friozinho de fim de tarde de domingo, é um chazinho fumegante,
pra acompanhar a rosca de leite condensado que fiz mais cedo.
Costumo
comprar pacotinhos: de canela em pedaços; de cravo; e de erva-doce e misturar
todos os conteúdos em um vidro, para me deliciar quando surge a oportunidade.
Na água fervente, despejo uma colher (chá) dessa mistura oportunamente guardada
e desligo o fogo, mantendo a vasilha tampada. Uns minutinhos depois, tenho meu
chá na xícara, coado e com açúcar, prontinho para ser degustado com a rosca
deliciosa.
Meu jeito de fazer a massa das roscas:
Na
canequinha de medidas, em quatrocentos ml de leite, pré-aquecido por
um minuto no micro-ondas, despejei três colheres (sopa, rasa) de fermento seco granulado e,
depois de mexer, reservei por cinco minutos.
Enquanto
isso, no liquidificador, pus quatro ovos inteiros; meia colher (chá) de
baunilha; três colheres de cenoura ralada (o equivalente, pois, em vez de
ralar, corto os pedaços, diretamente no copo do liquidificador); três colheres
(sopa, rasa) de açúcar cristal; duas colheres (sopa) de óleo de soja; uma
pitadinha de sal; o conteúdo de um pacotinho de leite condensado e duas colheres
(sopa) de margarina. Liguei e deixei bater cinco minutos.
Acrescentei
o leite com o fermento e deixei bater mais uns dois minutinhos.
Despejei
em bacia grande e fui, devagar, acrescentando farinha de trigo (mais ou menos um
quilo) e mexendo bastante. Tem que amassar bastante mesmo. Vale ressaltar que, no DF, temos uma farinha de trigo especial, de nome Buriti (fabricação do Padef, um programa de assentamento do DF, que cria oportunidades para empresas e trabalhadores rurais) que auxilia muito no resultado maravihoso da fofurice dessa rosca. A massa fica meio
mole. Aí, tem que colocar pra crescer... Costumo vestir a bacia com um saco plástico,
pra abafar, fazendo a massa dobrar de volume, rapidamente.
Depois
de assadas, uma calda de açúcar acrescenta um quê a essas saborosas roscas: é
só levar ao fogo uma xícara e meia (de chá) de açúcar, com três colheres (sopa)
de água e esperar derreter o açúcar. Aí, a calda começa a ferver e, logo em
seguida, engrossa.
Com
um pincel, espalhei a calda bem quente sobre as roscas e levei-as ao forno mais
um pouquinho, para ficarem crocantes.
Quando
eu era menina, era comum ter crise de amigdalite. A dificuldade de engolir
acabava se minha mãe me servia chá com rosca. Roscas e chá sempre me fizeram
feliz, e saciavam minha fome. O chá de erva-cidreira era meu predileto. Não
confio muito em quem não tem história de chá pra contar... Qual é a sua?