A intenção é passar receitas simples, para dar qualidade e sabor ao cotidiano. Uma maneira de compartilhar minhas experiências no laboratório mágico da minha cozinha. Sei que será uma ajuda para iniciantes e poderá servir de incentivo naqueles dias em que a vontade é comer o elaborado que não seja sofisticado. Meu e-mail: cleiagerin@gmail.com
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
ARROZ COM CHARQUE
Sou fissurada em arroz! Dia desses, recebi um e-mail com um link pra mil maneiras de fazer arroz. Consegui excluir, antes de abrir. E fui à lixeira e mandei pro espaço, antes que o arrependimento batesse... Se mergulho num link desses, nunca mais faço arroz branco! Essa mania de achar que posso incorporar outras coisinhas ao arroz vem da infância, com certeza. Do ‘cozinhadinho’ que fazia na minha panelinha de alumínio batido... Era a glória! Tudo tinha que caber nela. Minha mãe provia os ingredientes e ficava de olho. Geralmente, era arroz, um bife que eu picava em pedaços pequenos, cenoura, chuchu, batatinha, sal e óleo. O fogo era de gravetos e a panelinha ficava sobre tijolos. Que delícia! Guardo na memória, até hoje, o sabor da fumaça no arroz e a alegria de comer algo feito por mim, para mim... Não sei mais fazer arroz com gosto de fumaça... Mas, aprendi a fazer um arroz com charque, que fica uma delícia. Comprei um pacotinho de charque, daqueles do mercado, piquei a carne em pedaços miúdos, pus na água que troquei cinco vezes, escorri a água e despejei na panela de pressão onde, antes, refoguei uma cebola batidinha em duas colheres (sopa) de óleo. Fechei a panela, depois de acrescentar dois copos (americano) de água quente e deixei cozinhar por dez minutos. Acrescentei dez tomates maduros picados, uma cebola batidinha e uma colher (sobremesa) de açúcar e deixei cozinhando até o tomate amolecer, sem desmanchar. Experimentei o sal. Estava meio salgado. Então fiz o arroz (duas medidas, copo americano) quase sem tempero. Acrescentei a carne ao arroz quando estava quase pronto, mexendo levemente. Por cima, joguei cebolinha picada e queijo parmesão ralado. Parece o arroz de carreteiro. Mas o diferente é o tomate... A primeira vez que comi arroz feito assim, foi na casa da minha amiga Vera Suguri, uma mocinha arretada, uma faz-tudo, que é uma cozinheira sem igual. Este arroz, mais uma saladinha de alface (temperada com limão, sal e azeite) e omelete de jiló nada ficam a dever ao prazer de um almoço de categoria. Principalmente, se for feito na primeira semana de janeiro, depois de tantos excessos (assados e gratinados e sobremesas e frutas).
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