quarta-feira, 12 de setembro de 2018

ROCAMBOLE



A receita original pede pra separar as gemas e as claras de quatro ovos. Assim que separei, retirei a película de cada gema (também vale passá-las por uma peneira), ou o cheiro de ovo vai interferir e desmerecer a quitanda maravilhosa.
Amo rocamboles!
Minha mãe de mãos mágicas fazia rocamboles deliciosos.
Recheados de doce de leite; de beijinho de abacaxi com coco; de doce de goiaba; de geleia de morango...
A menina de olho comprido que eu era acompanhava cada gesto; cada etapa.
Hoje, fiz a receita mais prática de todas; aquela que não tem erro. 
Mas rolou arrependimento! 
Porque não resisti e saboreei duas belas fatias, logo de cara.

Depois que pus as quatro gemas (retirei as películas), no liquidificador, acrescentei duas xícaras (chá, rasa) de açúcar e liguei-o pra bater por três minutos. Acrescentei as claras (não me preocupo em bater clara em neve, não) no estado natural (liguei por dois minutos); dez colheres (sopa) de água (liguei por um minuto); duas xícaras (chá, rasa) de farinha de trigo (liguei por três minutos) e uma colher (chá, rasa) de pó-royal (mexi, com a colher até incorporar o fermento). A massa está pronta!
De antemão, já tinha untado, com margarina, e polvilhado, com farinha de trigo, uma assadeira retangular; porque a massa cresce a olhos vistos e é preciso despejá-la logo, na assadeira que irá ao forno.
Também pré-aqueci o forno a 180’.
Enquanto assava, preparei um pano de prato limpinho que umedeci, torci e estendi sobre superfície lisa. Sobre esse pano, assim que assou, e retirei do forno, ainda quente, o bolo foi desenformado. Sobre o bolo, espalhei doce de leite Itambé, aquele doce pastoso, delicioso. Aí, enrolei o rocambole, com a ajuda do pano.
Se gostar, é só polvilhar açúcar refinado, por cima.
Fica bonito na foto.
Também tem a opção de polvilhar glaçúcar; ou de espalhar glacê; geleia de morangos; calda de chocolate...
Gosto dele sem cobertura.
Dia desses, falei com a prima Diomar, pelo telefone, e ficamos de olhinhos marejados quando ela me contou, lá da minha terra natal:
- Hoje, fiz aquela receita de rocambole da sua mãe. Aquela que leva dez colheres de sopa de água. Todo mundo que veio aqui na minha casa comeu dele. Ninguém ficou só num pedaço. A minha parte eu guardei pra comer quietinha, mais tarde, pensando nela. Tenho lembrança do dia que ela me passou essa receita. Foi assim que ela e o seu pai começaram a mexer com padaria, de sociedade com meu irmão Raul Móris.

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