A
receita original pede pra separar as gemas e as claras de quatro ovos. Assim que
separei, retirei a película de cada gema (também vale passá-las por uma peneira),
ou o cheiro de ovo vai interferir e desmerecer a quitanda maravilhosa.
Amo
rocamboles!
Minha
mãe de mãos mágicas fazia rocamboles deliciosos.
Recheados
de doce de leite; de beijinho de abacaxi com coco; de doce de goiaba; de geleia
de morango...
A
menina de olho comprido que eu era acompanhava cada gesto; cada etapa.
Hoje,
fiz a receita mais prática de todas; aquela que não tem erro.
Mas rolou
arrependimento!
Porque não resisti e saboreei duas belas fatias, logo de cara.
Depois
que pus as quatro gemas (retirei as películas), no liquidificador, acrescentei duas xícaras (chá, rasa) de açúcar e liguei-o pra bater por três minutos. Acrescentei
as claras (não me preocupo em bater clara em neve, não) no estado natural
(liguei por dois minutos); dez colheres (sopa) de água (liguei por um minuto);
duas xícaras (chá, rasa) de farinha de trigo (liguei por três minutos) e uma colher
(chá, rasa) de pó-royal (mexi, com a colher até incorporar o fermento). A massa
está pronta!
De
antemão, já tinha untado, com margarina, e polvilhado, com farinha de trigo, uma
assadeira retangular; porque a massa cresce a olhos vistos e é preciso despejá-la
logo, na assadeira que irá ao forno.
Também
pré-aqueci o forno a 180’.
Enquanto
assava, preparei um pano de prato limpinho que umedeci, torci e estendi sobre superfície
lisa. Sobre esse pano, assim que assou, e retirei do forno, ainda quente, o
bolo foi desenformado. Sobre o bolo, espalhei doce de leite Itambé, aquele doce
pastoso, delicioso. Aí, enrolei o rocambole, com a ajuda do pano.
Se
gostar, é só polvilhar açúcar refinado, por cima.
Fica
bonito na foto.
Também
tem a opção de polvilhar glaçúcar; ou de espalhar glacê; geleia de morangos; calda
de chocolate...
Gosto
dele sem cobertura.
Dia
desses, falei com a prima Diomar, pelo telefone, e ficamos de olhinhos marejados
quando ela me contou, lá da minha terra natal:
- Hoje,
fiz aquela receita de rocambole da sua mãe. Aquela que leva dez colheres de
sopa de água. Todo mundo que veio aqui na minha casa comeu dele. Ninguém ficou
só num pedaço. A minha parte eu guardei pra comer quietinha, mais tarde, pensando
nela. Tenho lembrança do dia que ela me passou essa receita. Foi assim que ela
e o seu pai começaram a mexer com padaria, de sociedade com meu irmão Raul Móris.
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