quarta-feira, 1 de outubro de 2014

PICADINHO DE CARNE COM CHAMPIGNONS

Comprei dois quilos de coxão mole, piquei em tirinhas e temperei com uma colher, rasa, do MEU TEMPERO.
Pus minha panela Wok sobre uma chama alta do meu fogão e acrescentei três colheres (sopa) de óleo de soja.
Assim que o óleo esquentou, refoguei a carne e deixei sem mexer, por uns três minutinhos (para não criar caldo, ou a carne endurece). De vez em quando, dava uma mexidinha leve e esperava fritar para voltar a mexer...
Adoro carne picadinha. É a grande pedida para aqueles dias quando parece que tudo está muito difícil de engolir...
O fogo não estava dos mais animados e o caldo começou a tomar conta do espaço ao redor das tirinhas de carne. Quebrei um ovo e separei gema e clara. Usei a clara para engrossar o caldo e acabar com o processo de líquido fluindo e ameaçando a textura da carne do picadinho. A clara é uma das opções para conter o aumento do caldo. Acrescentar uma colher de farinha de trigo, ou de maisena, também é conveniente. Nem precisa dissolver em líquido, antes.
Quando a vida exige tolerância e a injustiça parece indicar que os adversários serão os beneficiados, a boca seca, o peito aperta e os pensamentos dão voltas, tonteiam, e não chegam a lugar algum.
Porque somos dependentes, sob muitos aspectos, dos caminhos e descaminhos que se abrem a nossa frente e, a partir deles, somos responsáveis pelas escolhas que fazemos. Ou que achamos certo fazer porque, mesmo quem bate no peito e diz que não faz questão de estar certo, e só quer ser feliz, vive pra provar que está certo e só é feliz, de verdade, quando age corretamente...
A bem da verdade, as circunstâncias imitam um novelo enroscado que se solta a seu bel prazer... Talvez, o desenrosco dependa do raciocínio labiríntico de cada um.
Acho que é por isso que sou poderosa na cozinha. Uso o termo poderosa como sinônimo de decidida. Não tenho medo que dê errado. Porque, se der, começo de novo, até acertar...
Assim que a carne ficou homogênea, toda fritinha, acrescentei o conteúdo de um pacotinho de 300 gramas (inclusive o líquido) de champignons (aqueles que vêm na embalagem plástica, já cortadinhos, em rodelas). Dei uma mexidinha e adicionei uma xícara (chá) de shoyu Sakura (desculpem-me os outros fabricantes, mas esta marca é a melhor!).
Quando ferveu, acrescentei um copo de água. Porque um caldinho, neste finalzinho, faz parte. Ferveu novamente. Desliguei o fogo e servi na panela mesmo.
Gosto tanto da minha panela Wok que o fato dela estar na mesa já significa que vamos ser felizes ao redor dela.
Quanto às injustiças, não terão fim enquanto houver maldade humana.
Ainda bem que os dias são temperados de bons momentos, sonhos, realizações, satisfações e esperança.

Antes que me esqueça, a gema do ovo foi guardada e vai servir para fazer o bolinho de arroz de amanhã...

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