Domingo bem
encaminhado pro finalzinho e a turminha curte, ainda, os últimos raios solares.
A vó fez pão de queijo, tem bolo de cenoura, frutas, dindins de vários sabores,
mas... falta alguma coisa. A meninada nadou e a fome, na chácara, é
insaciável...
Podia fazer pizza, penso com a
ajuda da minha vontade de agradar. Só tem um porém: o queijo muçarela foi todo
usado na lasanha de frango servida no almoço. Consulto a geladeira e vejo a
vasilhinha com o resto do molho de frango da lasanha; um pacotinho de queijo
parmesão e queijo minas ralado... Resolvido: dá pra improvisar e inventar uma
pizza instantânea. Mesmo sem o queijo certo...
É nesta hora que entram as
apostilas que a Regina, a mocinha feliz que trabalhava na secretaria do Centro
05 de Taguatinga organizava para a nossa turminha de professoras cozinheiras.
Era tempo de mimeógrafo. Ela escrevia as receitas à mão, no estêncil, fazia um
tanto de cópia e organizava o catatau de receitas de tortas, de empadas, de
biscoitos, de bolos... E saia distribuindo...
Encontrei, em uma dessas
apostilas, uma receita que costumava fazer bastante, nos idos anos 90.
No liquidificador, coloquei dois
ovos; duas colheres (sopa) de açúcar; duas colheres (sopa) de margarina; uma
colher (sobremesa, rasa) de sal; duas xícaras (chá) de leite morno e deixei
bater por uns três minutinhos, na velocidade mais possante. Acrescentei, então,
três xícaras (chá) de farinha de trigo, devagar, deixando incorporar bem,
desligando o liquidificador, de vez em quando, e mexendo com uma colher. Por
último, adicionei uma colher (sopa) de pó-royal.
Resultou em uma massa suficiente
para duas formas (grande) de pizza. Untei as formas com margarina, polvilhei
farinha de trigo, despejei a massa e levei-as as ao forno, pré-aquecido a
duzentos graus.
Enquanto assavam, preparei a
cobertura.
Em uma vasilha, misturei duas
xícaras de molho de tomate com pedacinhos de peito de frango (já estava
preparado; se não, teria sido apenas o molho pronto que vem temperadinho e
pronto); uma lata (sem o líquido) de milho verde em conserva; uma colher (sopa)
de orégano; um pacote de 100 gramas de queijo parmesão; uma xícara (chá) de
queijo minas ralado e meia xícara (café) de azeite de oliva. Mexi bem e
espalhei essa mistura sobre as massas de pizza, quando percebi que estavam
assadas. As assadeiras foram levadas, novamente, ao forno, mais uns cinco
minutinhos. O cheirinho tomou conta da cozinha e espalhou-se pela casa,
arrebanhando os netos e agregados para o momento de alegre prazer coletivo, em
torno da mesa da cozinha... Na companhia do amigo certinho nessas horas de
gula: o catchup, claro!
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