Esta é do tempo que meus
filhos andavam à minha volta e eu os via apenas com os olhos do coração. A distância,
que o tempo se encarregou de desenhar entre nós, permite-me, hoje, ver dos dois
modos. Os olhos da razão me contam o que eu sabia: somos à semelhança dos
nossos; semelhança entranhada nas novidades e nas circunstâncias do momento. Como
diz minha filha, tem vezes que o que persiste é o melhoramento genético; tem
vezes que o pioramento genético marca mais...
Mesmo com uma pitadinha
de nostalgia, atendendo pedido de uma das norinhas queridas, passo a fazer a
sopa de vinagre que tantas vezes nós seis degustamos, em restaurante chinês. Desenvolvi
a minha própria receita. Gostamos tanto quanto a do tal restaurante. Com a
diferença que faço com muito cuidado e asseio (a vigilância sanitária nunca
precisou cerrar minhas portas).
Comprei um pacote de um
quilo de legumes congelados (heheh; quanto mais velha, mais sabidinha e
prática!) e refoguei o conteúdo em uma panela onde, com antecedência, pus três
colheres (sopa) de óleo de soja e uma cebola picadinha pra fritar um pouco.
Mexi, suavemente, por uns três minutinhos. Reservei em vasilha à parte. Na
mesma panela, pus um litro de água e um tablete de caldo de carne e esperei
ferver. Dissolvi duas colheres (sopa) de maisena e adicionei ao caldo, devagar,
mexendo sempre pra não criar pelotinhas. Deixei ferver bem, mexendo sempre...
Experimentei o sabor, acrescentei um copo de shoyu e uma colher (sopa) de
açúcar. Continuei mexendo... Acrescentei uma xícara (chá) de vinagre de álcool.
Quando ferveu novamente, acrescentei os legumes que estavam de ladinho, só observando e
esperando a hora de entrar em cena. Experimentei, pus mais água (se estiver sem
sal, acrescente mais shoyu).
Assim que a sopa ficar
na consistência desejada ( igual a desses caldos que vendem por aí), é bom experimentar se põe mais vinagre, se põe mais
tempero, se põe aquela carninha de frango, já pronta, desfiadinha que sobrou do
almoço (ou a de boi, moída, também já pronta). Mas, se não tiver carne, não vai
fazer falta: é, basicamente, uma sopa de legumes...
Uma boa dica: na horinha
de servir, bem quentinha, acrescente tofu picado em pedacinhos e nem mexa...
Não precisa; trata-se de um queijo de boa consistência. Ele derrete por igual e
ocupa seu espaço... Quando não tenho tofu, pico queijo minas fresco, em
pedacinhos, e sirvo à parte. Quem gosta, acrescenta ao prato servido.
Pessoinhas queridas, nem
pensem em virar o nariz sem experimentar! É uma sopa deliciosa! O vinagre dá um
toque tchan!!!!
Nesta que fiz hoje, a da foto, acrescentei repolho. Lavei as folhas e cortei-as, em tirinhas e acrescentei tudo à sopa quase pronta, quando dava a última fervidinha. E o queijo, fresquinho, veio da chácara vizinha...
Nesta que fiz hoje, a da foto, acrescentei repolho. Lavei as folhas e cortei-as, em tirinhas e acrescentei tudo à sopa quase pronta, quando dava a última fervidinha. E o queijo, fresquinho, veio da chácara vizinha...
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