Quem
dispensa afago?
Duvido
que alguém tenha levantado a mão!
Pois
esta receita tem o tamanho do afago maior do mundo.
Uma
bebida apropriada para o inverno (mesmo que o frio não esteja castigando!).
Não
vale a pena fazer pouca quantidade. Se sobrar, é só congelar e, na primeira
oportunidade, dar cabo do restante.
Pus
cinco litros de leite para ferver e deixei amornar. Aí, coei o leite e reservei
três litros. Naquela onde fervi os cinco litros, inicialmente, deixei os
restantes quase dois litros que pus para ferver, novamente.
Dos
três litros restantes, separei dois copos e pus no liquidificador. Acrescentei
seis colheres (sopa, rasa) de chocolate em pó (tem de ser o do Frade!) e bati
rapidinho. Coei, já despejando nos dois litros de leite que ferviam, em fogo
baixo. Precisei de ajuda, pois o que está no fogo exige que mexa sem parar.
Peguei
mais dois copos do leite morno restante (daqueles três litros que retirei dois
copos) e misturei-o a uma lata (todo o conteúdo) de creme-de-leite. Mexi bem (o
leite ainda morno facilita incorporar o creme-de-leite), coei e despejei àquele
que ficou fervendo (o que tem o chocolate).
Enquanto
um ajudante esperto e interessado mexia o preparado, misturei seis colheres (sopa,
rasa) de cremogema e uma colher (sobremesa, rasa) de canela em pó a todo o
restante do leite morno, coei, e despejei no preparado que se encontrava,
ainda, no fogo baixo.
Sem
parar de mexer, devagar e com muita confiança na maravilha que vai resultar
dessa trabalheira toda, fui acrescentando, uma a uma, quatro latinhas (o conteúdo,
claro!) de leite condensado.
Ferveu
mais uns bons cinco minutos e ficou pronto e digno de ser saboreado em estado
de graça. Sem dúvida, é bebida urdida para ser degustada por quem tem saldo
positivo de benesses a serem resgatadas com entidades do bem!
Este
achocolatado tomou de assalto toda a equipe responsável pela distribuição do
livro didático, no início do ano letivo de 1992. Nossa Seção de Bibliotecas
Escolares e Comunitárias – a Sebec - preparou um café da manhã comunitário e
alguém (desculpe-me a responsável, mas não me lembro quem nos presenteou com o
mimo) se encarregou de levar o achocolatado. Foi o acontecimento do dia. Coube à
querida, comprometida, competente e dedicada colega e amiga Zélma Boaventura
descolar a receita. De lá pra cá, a vida passou a ter mais sabor. Uma xícara de
achocolatado equivale a doces lembranças de um tempo de árdua lida e momentos
interativos (quase três anos) com uma equipe de professoras devotadas ao
trabalho que a educação da nossa Capital exigia.
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