Taí uma receita simples que oferece resultado maravilhoso! Tem gosto de infância em tempo de férias! Porque sou do tempo quando colheita de milho verde dependia de chuva; e férias escolares começavam dia primeiro de dezembro. Nosso quintal tinha manga, uva, laranja, goiaba e caju. E o quintal do lado, da casa do meu avô, tinha milho em ponto de colheita e promessas de gostosuras. Hoje, basta querer que se encontra milho verde pronto pra ser consumido. Mas, o gosto não é tão presente e marcante quanto o do milho que se colhe na hora. Para que o resultado seja agradável, é preciso ter cuidado pra não comprar milho embalado há muitos dias. Costumo furar, com o dedo indicador, o plástico daquelas bandejinhas que acondicionam as espigas descascadas e cheiro pra sentir se já está começando a passar do ponto de aceitável.
Apesar de morar em chácara onde se planta couve-flor, tomate, abobrinha, repolho... não tenho o privilégio de poder ter milho verde... então, compro... fazer o quê?
Escolhi dez espigas de milho que cortei (quanto mais molinho, melhor) com faca afiada, longe do sabugo e, ao final, raspei o que ficou (se cortar rente ao sabugo, ao mastigar, dá sensação desagradável de duro e o gostoso é o milho que se mastiga sem resistência) e reservei.
Na panela, coloquei uma colher (sopa) de óleo de soja e uma (sopa, cheia) de manteiga e esperei esquentar pra acrescentar uma colher (café, rasa) de açafrão, um caldo de galinha, uma colher (sobremesa) de açúcar e o milho cortado (necessariamente, nessa ordem). Mexi o tempo todo e não precisei acrescentar água. Se o milho não estivesse tão molinho, a água seria necessária (pouca e aos poucos), além de observar cozimento mais demorado. Experimentei e achei meio sem sal. Acrescentei meia colher (café) do meu tempero e o equivalente a uma colher (sopa) de cebola batidinha e cortada fininha, antes de desligar o fogo e considerar que está no ponto. Arroz branco novinho e milho verde assim fazem o par perfeito! Porque eu me amo e vivo pra ser feliz, acrescentar um bife mal passado e uma saladinha de tomate é uma prerrogativa que concretizo; pois sei que mereço alcançar aquele estágio de satisfação que mantém o sorriso no olhar, refletindo a alegria do coração...
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