Sobrou carne
cozida? Bora fazer croquete!
Minha mãe é craque.
Perto dela, ainda sou amadora.
Pra esta receita
é necessário ter um processador, ou uma máquina de moer carne.
Comprei um
quilo e meio de músculo e pedi para picar em cubos. Numa panela de pressão, pus
meia xícara de óleo de soja e três colheres (sopa) de cebola ralada. Deixei a
cebola ficar com a cor de borra de café (é esse procedimento que faz o croquete
ter a cor mais escura) e refoguei a carne já temperada, com uma colher (de
sopa, cheia) do meu tempero. Deixei fritar bem, de um lado, para, só então, mexer,
com colher de pau.
Desde que
começo a sentir o cheirinho da carne fritando, sabendo que vai virar croquete,
a minha cabeça já dá um giro anormal, e eu revejo a infância; a minha mãe às
voltas com o fogão de lenha; e a certeza de muito sabor...
Vamos lá! A
carne está fritando...
Em outra
chama, pus água a ferver e despejei, na panela. Quase até cobrir a carne (vamos
precisar de caldo!).
Não demorou
meia hora e ficou cozida (espetei a carne, com um garfo, e senti que estava no
ponto de ser processada). Retirei a carne para o copo do meu processador e voltei
a cuidar da panela que deixei sobre o fogo, com o caldo da carne fervendo (quase
duas xícaras). Acrescentei, então, uma xícara de farinha de trigo, mexendo bem,
sem parar. O ponto da massa resultante é o de soltar do fundo da panela. Desliguei
o fogo, enquanto processava a carne no meu amigo e companheiro de longa data (já
estou no terceiro!), o processador Walita Master. Rapidamente!
Despejei a carne
na panela e voltei a ligar o fogo. Mexi, bastante e constantemente, para não
grudar no fundo (se ainda ficar mole, é só colocar mais um pouco de farinha de
trigo) por uns três minutinhos.
O ponto certo
para o croquete ser enrolado não é duro. É preciso levar em consideração que a carne
vai esfriar e vai dar liga, com certeza. Enrolei os croquetes (veja o formato
na foto) e passei-os numa mistura de farinha de rosca (três colheres de sopa) e
farinha de trigo (uma colher de sopa) antes de fritá-los (fritam rapidinho,
pois não levam ingrediente cru).
Quando
pequena, meu pai precisava brigar comigo pra eu comer! Ele não entendia –
pudera, nem eu sabia! - que eu saboreava cada naco e perdia meu siso, meu rumo,
meus caminhos... Porque eu estava ocupada “fotografando” cada cheiro, a
textura, cada gosto... Croquete era e é um dos meus pratos favoritos! Um dos
que fotografei com os cinco sentidos!
Será que fica gostoso como o Kibe da Jandirinha??!!
ResponderExcluirMeu marido faz uns divinos também. Já faz parte do folclore familiar. Mas o dele é só carne e mandioca+temperos. Estou amando a poesia das suas receitinhas!
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