quarta-feira, 11 de março de 2015

DOCE DE ABÓBORA COM COCO

Tem dia que não basta acordar e abrir os olhos e partir pra lida... Pois é; nem todo dia a gente acorda cantando A Praça, né mesmo?
Em dias assim, enxoto a urucubaca fazendo doce. Meu jeito de dizer "Xô" pra melancolia! De dizer "vai, preguiça, badalar bem longe!".
No domingo, a norinha número dois (por ordem de chegada) já tinha dado a dica quando eu comentei que fazia tempo que não fazia doce de abóbora com coco: “é o meu predileto!”.
Então, vamos lá!

Comprei duas abóboras (dois quilos e trezentos gramas), lavei bem; cortei-as em rodelas; pus na panela, com água cobrindo os pedaços; e deixei ferver. De vez em quando, enfiava um garfo pra sentir se estava cozido e mole. Quando amoleceu, escorri a água, cobri a panela com um pano e deixei esfriando.
Quando chegou a uma temperatura suportável, peguei uma colher e raspei a massa cozida de cada pedaço de abóbora, retirando-a da casca que descartei. Com um prato fundo, medi a quantidade de massa que resultou do procedimento e a panela voltou pro fogo. Deu dois pratos bem cheios; portanto, um prato bem cheio de açúcar é a medida a acrescentar, nessa proporção que a sabedoria popular nos legou e que tem dado tão certo. Acrescentei uma pitadinha (um terço de colher de café) de sal, mexi bastante para derreter o açúcar e deixei o doce cozinhando, por bons dez minutinhos. Pra não grudar no fundo da panela, mexia de vez em quando.
A massa já estava cozida, então, a ideia é a de deixar o açúcar e a massa se incorporarem de um jeito que o resultado vira mesmo uma bela sobremesa. Assim que entendi que o doce estava pronto, acrescentei um pacote de coco ralado de 200 gramas. Mexi por mais três minutinhos e desliguei.

O doce distribuído em vasilhas de vidro vai aguardar o domingo para ser saboreado em família. Menos uma delas, que se encontra sobre a mesa, envolta em saquinho plástico. Esta segue o rumo da casa dos meus pais. Foi com eles que aprendi a gostar e a fazer doce de abóbora.

Na semana que vem, no dia 20, meu velho pai completa 89 anos de muita lida. Daqui pra lá, tomara que eu consiga fazer uns agrados assim saborosos pra ele. Que vai dizer: - Você fica fazendo doce! Você sabe que eu não ando comendo muito doce igual eu comia! E a minha mãe vai replicar: - É verdade! Não fica mandando doce pra ele, não, que ele come tudo de uma vez! Comi um pouco e, quando fui procurar, ele já tinha comido tudo que sobrou... 

Nenhum comentário:

Postar um comentário