terça-feira, 27 de maio de 2014

CARNE DE PORCO NA PANELA DE PRESSÃO

Amizade é tesouro intangível!
Amizade! Ô palavra bonita!
É bem que se guarda no coração.
Esta receita vai para uma dessas pessoas que me mantêm cativa: a Vânia. Juntas, enfrentamos um mestrado em educação, e vencemos.
Quando a gente se encontra, ela fala da minha carne de porco na lata. Porque no tempo do curso nós nos reuníamos na chácara e rolava um almoço, ou um jantar. E a carne de porco marcava presença.
Trata-se de receita que desenvolvi e aprimorei. Quanto mais agrada, mais eu faço. Também porque, na chácara, facilita ter carne pronta, na banha. Na correria do imprevisto, tá ali, à mão; é só esquentar.
Na última vez que fiz esta carne, comprei três peças que deram três quilos (menos 17 gramas). É aquela carne de porco que vem em pedaços, com a gordura e a pele. É, na maioria das vezes, pernil. Mas, se tem barriga, opto pela barriga. É mais saborosinha...

Temperei a carne com duas colheres (sopa) do meu tempero e reservei, enquanto, no fogo, minha panela de sete quilos esquentava dois quilos de banha. Compro a banha em pacote de um quilo. Gosto da marca Aurora. Mas, qualquer uma serve.
Não esperei esquentar muito e pus os três pedaços de carne na panela. O primeiro pedaço chia um pouco; o segundo também. O terceiro pedaço já é recebido sem alarde da gordura que se acalma com tanto agregado chegando.
A gordura cobre os três pedaços. O fogo continua atuante.
Se o fogo não for possante, vai criar muito líquido. O do meu fogão industrial tem a opção da chama interna e externa. Esta é a hora que ligo as duas, por uns cinco minutinhos. Minha sugestão para quem não tem chama forte no fogão, é fazer só um quilo por vez.
Assim que percebo que, com a tampa, vai pegar pressão, providencio a chegada do chiado e marco dez minutos (neste momento, só a chama comum, a menor, fica ligada). Findos os minutos, desligo o fogo e aguardo acabar a pressão, para retirar a tampa.
Não mexo em nenhum momento.

Ligo o fogo, novamente, sem colocar a tampa na panela, e deixo fritar, em chama alta. Esta é a hora de observar, para não fritar demais, ou pode endurecer a carne. É a hora de secar a água que foi criada no contato com a carne: é a hora de apurar. Vai restar a gordura; apenas, e tão somente, a gordura onde os pedaços vão permanecer quietinhos, à espera da hora de serem expostos e devorados...
Retirei um dos pedaços e fotografei. 

Assim, tirado na horinha que ficou pronta, ainda não acabou de chegar e a pele não ficou pururucada. Mas fica! Porque a banha de porco tem um ponto de fritura muito mais quente que o óleo comum. Então, mesmo com o fogo desligado, a carne continua fritando e acaba de chegar ao ponto de assada deliciosa!
Se o meu tempo de relógio permite que a panela fique lá num cantinho, esquecida por uns dois dias... hummmmm... aí, então, fica uma loucura!
Depois de esquentar cada pedaço, a cada nova investida, sempre que surgir oportunidade e se sobrar; mais e mais saborosa fica esta carne agregadora de amigos.
Um cuidado importante: mesmo coberta de banha, não pode guardar muito tempo sem dar uma fritadinha de vez em quando (duas vezes por semana). Isto é por conta do meu tempero (ver receita) que ponho na carne.
Se puser só sal, o prazo pra se esquecer da carne (desde que não tenha osso), no descanso gordurosinho que a rodeia, é tranquilo; nem precisa preocupar. Se a gordura foi bem apurada, claro.

Duvido que a gula vai deixar rolar esta preocupação...

Na sexta, dia 30, a costela de boi foi a escolhida. Comprei um quilo e meio de carne e um quilo de banha de porco. Mesmo procedimento, mais tempo na pressão (12 minutos), porque a carne de boi é mais durinha. Ficou assim irresistível... 

Nenhum comentário:

Postar um comentário