segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

MASSA CASEIRA DE MACARRÃO

Minha máquina de fazer pão, já bem surrada, não mostra mais as letras que identificam e permitem mudar programas. Mesmo assim, ainda funciona para misturar, uniformemente, ingredientes que nela coloco enquanto corro atrás de outras prioridades. Atualmente, minha mania é a de fazer macarrão caseiro. Ainda bem que a tenho, pois misturar ingredientes de massa de macarrão é canseira, já que fica meio dura. E o livrinho de receitas que acompanha essa máquina é quase uma ‘Brastemp’. Nele, encontra-se a minha mais recente receita de massa caseira, que leva farinha de trigo na mesma proporção que farinha de semolina. Quando eu era moça (muito mais do que sou hoje rsrsrs), minha mãe fazia o macarrão do domingo e ia trabalhar. A massa ficava pronta e era enrolada como rocambole e cortada com faca. Ficava bonito de ver as tirinhas, bem irregulares. Cabia a mim cuidar da secagem (ela estendia como se fosse roupa, sobre panos de prato brancos) e fazer o molho. Quando ela voltava da mercearia, que ela fechava ao meio dia, ela finalizava ‘a pasta’, com bastante queijo ralado e era uma festa... Casava muito bem com a polenta e o frango caipira, ao molho. Tempos de transição veloz e quase indolor... De excelentes lembranças... Hoje em dia, com esse tanto de neto que as cegonhas trouxeram, achei por bem ressuscitar esse tesouro, já que, à proporção que eles crescem, mais gostam de macarronada. Mas sou prática e quis uma máquina de abrir e cortar a massa. Como tenho apanhado da danadinha! Mas vou domá-la... O primeiro produto que me foi dado saborear é o da foto anexa (não resiste a uma olhada com muita atenção, pois são muitas e estranhas as irregularidades de formato kkk).

Aí passei a cortar em formato de talharim (o cortador dá essas duas opções), porque dá muito menos trabalho. E tem sido uma diversão. Posso dizer que estou fissurada em fazer macarrão. Mas me seguro, porque demorei a achar a tal farinha de semolina (e o mercado só tinha dois pacotes de um quilo cada) e porque, durante a semana, são poucos os fregueses à mesa. Agora mesmo, terminei uma receita e deixei as tirinhas secando sobre o pano da mesa da cozinha. Fiz com dois copos (a medida que vem com a máquina de pão) de farinha de trigo, mais dois copos de farinha de semolina, quatro ovos, uma colher de azeite de oliva extra virgem e meio copo de água morna. Acrescentei uma colher (café, rasa) de sal. Enquanto a máquina fazia a mistura virar massa, enquanto abria e cortava essa massa em formato de macarrão, contei um tantão de casos para a minha filha que assistia, intrigada, a mãe se deliciar com o brinquedinho novo, com a novidade engorda-fácil. Amanhã, é dia de neto em dupla e preciso estar preparada. A carne moída costumo fazer com antecedência (vai para o freezer, distribuída em vasilhinhas). Aí, retiro uma delas, descongelo o conteúdo no micro-ondas, levo ao fogo e fica faltando só acrescentar o extrato de tomate, acertar o tempero (normalmente, além de sal, coloco uma pitada de açúcar) e deixar ferver bastante, para incorporar sabor. Sem esquecer o toque mágico, o queijo ralado, atrativo maior para deixar os netos se lambuzarem e pedirem mais dessa maravilha em formato de tirinhas... Ô vidinha mais ou menos...
Sítio Rosa Mística, 21 de fevereiro de 2011.

Nenhum comentário:

Postar um comentário