sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

CONSERVA DE BETERRABA

Preparei o vidro onde vou colocar a conserva, com antecedência. Bem lavado, passei um pouco de álcool nele e na tampa, e reservei.
Numa panela de pressão, coloquei água suficiente para quase cobrir um quilo e meio de beterrabas, que lavei bem, após retirar as partes sobressalentes (mas sem descascá-las).
Acrescentei duas colheres (sopa) de açúcar e esperei pegar pressão para marcar o tempo de cozimento. Depois de dez minutos, desliguei o fogo e esperei acabar a pressão da panela, para abri-la e retirar as beterrabas.
Eram grandes e ficaram meio duras. Sem problemas! Pois vou pasteurizar a conserva e isso faz com que o cozimento continue, amolecendo um pouco mais as beterrabas.
Levei o caldo (depois de coá-lo) que ficou na panela de volta pro fogo e acrescentei um copo (do tipo americano) de vinagre de álcool.
Dica: importante experimentar o sabor do caldo depois de acrescentar uma pitadinha de sal para sentir se precisa por mais sal.
Deixei ferver, enquanto descasquei as beterrabas que tinham esfriado o suficiente para que eu aguentasse segurá-las.
Cortei-as em rodelas grandes, despejando-as, em seguida, no caldo que fervia no fogo.
Quando começou a ferver, fiquei de olho e dei o tempo suficiente para que todos os pedaços recebessem aquecimento igual.
Desliguei o fogo e coloquei as rodelas (devagar e com cuidado) no vidro anteriormente preparado, disposto sobre um prato. Despejei o líquido sobre as rodelas (até cobrir todas).
Dica: bem devagar para que não aconteça de, no choque de temperatura, trincar o vidro.
Coloquei o vidro (ainda sem tampa) dentro de uma panela com água (suficiente para cobrir pouco acima do meio do vidro) pré-aquecida, ainda não fervente, mas quase. Assim disposto o vidro, esperei que a água levantasse fervura.
Marquei cinco minutos sem a utilização da tampa e aí, coloquei-a, e deixei a conserva ficar, por uns vinte minutos mais, nesse procedimento.
Dica: esse processo final, que se chama pasteurização, é opcional. Ele é de grande ajuda para armazenar a conserva que dura mais de mês. Se for pra comer logo, não pasteurizo, só deixo descansar e abro depois de vinte e quatro horas.
A de hoje, coloquei pra pasteurizar porque vou dar de presente pra nora Gisele, que acabou de ganhar minha neta Taís. Quem vai decidir a melhor hora de abrir, será a nora. Minha parte na empreitada é apenas simbólica. Ao alimentar-se com a beterraba que vai, com certeza, abrir-lhe o apetite, além de fazê-la sentir-se mais fortalecida, a nora vai permitir que eu, indiretamente, contribua com a qualidade do leite que a mocinha da vovó vai sugar da mamãe dela.
Enquanto esperava que o processo todo de pasteurização chegasse ao fim, aproveitei para pensar em Deus e agradecer por ter sido abençoada com a chegada desta nova vida.
Desliguei o fogo e deixei quieto.
Só vou retirar o vidro da panela daqui a umas quatro horas, depois que estiver tudo frio.
Tentando afastar maus pensamentos, aproveito, também, para pedir a Deus que esta avó tenha tempo de preparar muitas gostosuras para a Taís se deliciar, à proporção que crescer em sabedoria, alegria, saúde e formosura... Amém!

Sítio Rosa Mística, 2 de outubro de 2010

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