Preparei o vidro onde vou colocar a
conserva, com antecedência. Bem lavado, passei um pouco de álcool nele e na
tampa, e reservei.
Numa panela de pressão, coloquei água
suficiente para quase cobrir um quilo e meio de beterrabas, que lavei bem, após
retirar as partes sobressalentes (mas sem descascá-las).
Acrescentei duas colheres (sopa) de
açúcar e esperei pegar pressão para marcar o tempo de cozimento. Depois de dez
minutos, desliguei o fogo e esperei acabar a pressão da panela, para abri-la e
retirar as beterrabas.
Eram grandes e ficaram meio duras. Sem
problemas! Pois vou pasteurizar a conserva e isso faz com que o cozimento
continue, amolecendo um pouco mais as beterrabas.
Levei o caldo (depois de coá-lo) que ficou na panela de volta
pro fogo e acrescentei um copo (do tipo americano) de vinagre de álcool.
Dica: importante experimentar o sabor
do caldo depois de acrescentar uma pitadinha de sal para sentir se precisa por mais sal.
Deixei ferver, enquanto descasquei as
beterrabas que tinham esfriado o suficiente para que eu aguentasse segurá-las.
Cortei-as em rodelas grandes,
despejando-as, em seguida, no caldo que fervia no fogo.
Quando começou a ferver, fiquei de olho
e dei o tempo suficiente para que todos os pedaços recebessem aquecimento
igual.
Desliguei o fogo e coloquei as rodelas
(devagar e com cuidado) no vidro anteriormente preparado, disposto sobre um
prato. Despejei o líquido sobre as rodelas (até cobrir todas).
Dica: bem devagar para que não aconteça
de, no choque de temperatura, trincar o vidro.
Coloquei o vidro (ainda sem tampa)
dentro de uma panela com água (suficiente para cobrir pouco acima do meio do
vidro) pré-aquecida, ainda não fervente, mas quase. Assim disposto o vidro,
esperei que a água levantasse fervura.
Marquei cinco minutos sem a utilização
da tampa e aí, coloquei-a, e deixei a conserva ficar, por uns vinte minutos mais,
nesse procedimento.
Dica: esse processo final, que se chama
pasteurização, é opcional. Ele é de grande ajuda para armazenar a conserva que
dura mais de mês. Se for pra comer logo, não pasteurizo,
só deixo descansar e abro depois de vinte e quatro horas.
A de hoje, coloquei pra pasteurizar
porque vou dar de presente pra nora Gisele, que acabou de ganhar minha neta
Taís. Quem vai decidir a melhor hora de abrir, será a nora. Minha parte na
empreitada é apenas simbólica. Ao alimentar-se com a beterraba que vai, com
certeza, abrir-lhe o apetite, além de fazê-la sentir-se mais fortalecida, a
nora vai permitir que eu, indiretamente, contribua com a qualidade do leite que
a mocinha da vovó vai sugar da mamãe dela.
Enquanto esperava que o processo todo
de pasteurização chegasse ao fim, aproveitei para pensar em Deus e agradecer
por ter sido abençoada com a chegada desta nova vida.
Desliguei o fogo e deixei quieto.
Só vou retirar o vidro da panela daqui
a umas quatro horas, depois que estiver tudo frio.
Tentando afastar maus pensamentos,
aproveito, também, para pedir a Deus que esta avó tenha tempo de preparar
muitas gostosuras para a Taís se deliciar, à proporção que crescer em
sabedoria, alegria, saúde e formosura... Amém!
Sítio Rosa Mística, 2 de outubro de
2010
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